Caminho Onde o Morto Matou o Vivo - Serra de São Macário
Este mítico e badalado percurso já estava em agenda à muito tempo! Hoje, e, aproveitando a disponibilidade de várias pessoas do grupo, decidimos embarcar nesta aventura mesmos com a previsão de chuva ( algo que se veio a confirmar ).
Depois de 80 km percorridos desde Vila Meã (Amarante ) até Covas do Rio (São Pedro do Sul), chegamos à aldeias de Covas do Rio às 9:00h da manhã. O tempo chuvoso, como menciono no primeiro parágrafo, decidiu não dar tréguas durante a manhã e teimou em complicar os primeiros 8 km de percurso, aqueles que se faziam prever mais técnicos e difíceis de percorrer, mas ao mesmo tempo a parte mais bonita e singular do percurso.
Com o terreno molhado, a atenção teria de ser redobrada dada a inclinação que o trilho apresenta desde Covas do Rio à aldeia da Pena. A beleza é indescritível, mesmo com dia chuvoso e de nevoeiro. Haviam partes que mais parecia escalada em pedra solta, estou certo que até as cabras que por ali andam, sentem uma certa dificuldade em subir aquelas íngremes encostas escarpadas.
Eram cerca de 11.30 e já estávamos na aldeia da Pena, demos umas voltas pelas estreitas vielas da aldeia e voltamos atrás ao ponto onde o trilho tinha continuação e lá continuamos serra a cima... Lá em cima, mais do mesmo, paisagens de cortar a respiração onde se podiam observar os vales selvagens da serra da São Macário. Percorremos mais 4 ou 5km até à descida para a aldeia de Covas do Monte, ali, esperava por nós um excelente cabrito e vitela assada no forno, preparado de forma peculiar e bem à moda de Covas do Monte, estas iguarias foram previamente encomendadas por mim à Associação "Os Amigos de Covas do Monte" que funciona na antiga escola primária da aldeia. Este é o único restaurante existente em Covas do Monte.
Barriga cheia, deixei a malta a relaxar e fui dar uma volta pela aldeia que conta actualmente com 37 habitantes. Esta é uma aldeia de Xisto quase perdida e esquecida no tempo, aqui ainda se vive de forma bem rudimentar onde as principais formas de subsistência é a pastorícia e agricultura.
As ruas são em paralelo de tom acastanho, fruto da constante livre circulação de gado.
Tirei uma fotos, apreciei intensamente a envolvência e regressei à Associação.
Depois da sobremesa, cafezinho e digestivo lá colocamos os pés novamente ao caminho para efectuar os últimos 5 km que nos levariam de volta aos carros deixados na aldeia vizinha de Covas do Rio.
Fomos presenteados com mais algumas paisagens dignas de quadros pitorescos antes de darmos por terminada a nossa aventura.
As fotos por ordem de acontecimento:
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O vídeo:
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